
A instituição escolar na República
Tarcísio Mauro Vago em “Amaciando os bárbaros: ordem nos trabalhos escolares”, nos mostra que a partir da implantação da República, serão impostas uma série de medidas almejando alcançar o que seria o “brasileiro ideal”, o Estado passará a através dessas medidas a controlar á vida dos indivíduos”. O autor dar destaque ao controle que o Estado vai exercer principalmente sobre a escola, controlando não só o ensino a ser repassado para os alunos mais também como esses deveriam se comportar.
Dentro desse contexto mudanças no sistema de ensino bem como na parte estrutural interna da escola serão efetuadas, como por exemplo, carteiras duplas, nas quais sentariam dois alunos, para que um vigiasse o outro e desse modo ajudassem a professora a vigiá-los. Isso porque a escola passa a ser vista como um órgão de fundamental importância para o crescimento do país, porque tendo os adultos já seus conceitos formados seriam difíceis conseguir “modifica-los” enquanto que as crianças que eram os alunos estavam em formação, portanto mais fácil de educá-los de acordo com o que pretendiam os republicanos, e ao mesmo tempo esses “educariam” seus pais.
Com a República surge um novo conceito de cidadão, esse deveria ser forte e dentro desse conceito passa-se a pregar a necessidade da educação física, para fortalecer o corpo, sendo útil para a nação, como também o amor à pátria e prática da higiene. As crianças consideradas o futuro da nação passarão a ser vigiadas, controladas e castigadas caso desobedecem às normas agora impostas. Assim o Estado pretendia manter-se no controle, levando todos ou quase todos na direção desejada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário